Brinquedoteca Estágio 1 - Educação Infantil 09/08/10

segunda-feira, 9 de agosto de 2010
  • · Ponto principal observado no primeiro dia:

O cantinho da leitura.

livroaberto

Recebemos duas turmas definidas como turma A e turma B; cada uma contendo vinte crianças. Foi realizada a primeira atividade em ambas as turmas em relação à apresentação, tanto das crianças quanto dos estagiários para as turmas.

Durante o dia foi observado à turma A com vinte crianças que chegaram por volta das nove horas da manhã. As crianças são habituadas a terem um horário de chegada e de saída, normalmente ficam no período de meia hora na Brinquedoteca.

Foi observado que o interesse inicial das crianças se direcionou ao varal de fantasias e adereços. Desta forma, sendo nítida a afinidade pelos carrinhos e o cantinho musical; sendo mostrado a partir da observação o encantamento entre as crianças da cruzada do menor com a Brinquedoteca.

No cantinho da leitura, foi combinado com algumas estagiárias o revezamento para contação de história, com o intuito de manter o “livro” incluído na brincadeira e no imaginário de cada criança. Desta forma, foram realizadas atividades para o envolvimento das crianças com a leitura, junto à colaboração e participação de brinquedos como: dedoches e fantoches que ativamente agem na imaginação e na fantasia das crianças; isto é, associam-se a contação de histórias com os brinquedos.

Neste cantinho, foi observada e elaborada uma brincadeira, com um grupo de quatro a cinco crianças; onde alguma delas utilizava fantoches; criavam a própria história ou contavam em voz alta, a partir do letramento e da imaginação de cada uma; visado com base no contato de cada livro escolhido com cada criança. Durante a observação e participação, foi perceptível em algumas crianças a felicidade na forma livre de brincar e ao mesmo tempo a valorização que o mundo da imaginação proporcionava a cada uma delas.

“Desde os primeiros anos de infância encontramos processos criativos que refletem, sobretudo, nos jogos. Como a criança, reproduz muito do que vê, a imitação desenvolve um papel fundamental. Esta é frequentemente simples reflexo do que veem e ouvem dos adultos, mas tais elementos da experiência social não são levados pelas crianças a seus jogos como acontecem na realidade. Elas não se limitam a recordar experiências vividas, mas as reelaboram criativamente, combinando-as entre si e construindo com elas novas realidades de acordo com suas preferências e necessidades. O desejo que sentem de fantasiar as coisas é reflexo de sua atividade imaginativa. A situação criada pela criança necessita de sua experiência anterior, todos os elementos de sua fabulação: de outro modo não era possível inventar; mas a combinação desses elementos constitui algo novo, criador que pertence à criança, sem que seja simples repetição das coisas vistas e ouvidas. Esta faculdade de compor um edifício com esses elementos, de combinar o antigo com o novo, sustenta as bases da criação”.

(VIGOTSKY, 1987, p.12).Brinquedistas Campus Nova América

Participei da mediação realizada sobre a história da “Chapeuzinho Vermelho”. Com base na associação e utilização de fantoches; tudo se transformou em uma grande experiência com as crianças. Desta forma, interagimos sentados no cantinho da leitura.

Outro ponto observado na turma A pode-se ressaltar que existia uma criança que se isolava para brincar. No cantinho da história encontrei uma determinada criança que mostrava traços de isolamento, acanhamento e mostrava-se fechada no seu mundo; bastante concentrada, exibia o lado egocêntrico notável em sua personalidade. Apenas se comunicava balançando a cabeça  a partir da resposta corporal "sim" e "não" com a cabeça.

Foi uma pena quando a criança estava começando a se sentir mais: acolhida, a vontade e permitindo a entrada de outras pessoas em suas brincadeiras, chegou a hora da turma A ir embora.

Com certeza isso será observado e acompanhado de perto pela equipe de brinquedista da manhã; com a colaboração e elaboração de planejamentos de atividades relacionadas à inclusão, diante do desenvolvimento junto à equipe e a coordenadora da Brinquedoteca, com relevância serão solucionados qualquer tipo de barreira em busca de um bom resultado em relação às crianças na Brinquedoteca.

Resolvemos que a atividade realizada na turma B seria primeiramente o ato da aproximação, conversa e interação com todas as crianças. Mostrei as fantasias e coloquei uma roupa de Branca de Neve em uma menina chamada Milene. 
Depois sentei em uma mesa e reuni cinco crianças incluindo a menina fantasiada de Branca de Neve, para brincar. Foi organizado regras durante a mediação na brincadeira. Desta forma, o ato de mediar consistiu em: evitar brigas e manter respeito em relação às regras da atividade dentro da Brinquedoteca; sem esquecer o prazer de brincar e a diversão proporcionada pela brincadeira e pelo brinquedo escolhido.

Foram elaboradas regras na brincadeira, impondo a vez de cada criança brincar, ou seja, uma respeitando a vez do outro (a) até chegar sua própria vez; pois existiam apenas dois brinquedos iguais com apenas dois martelos.

A brincadeira ocorria da seguinte maneira: um brinquedo de madeira, cada um com cinco pinos e um martelinho para afundar de uma vez só cada pino em sequencia; desta forma, em voz alta,  contamos todos juntos de 1 a 10 cada pino abatido.

Consequentemente, diante a observação, as crianças obtiveram prazer na atividade e aprenderam bastante com ela, além da diversão; ao mostrarem interesse na contação de pinos abatidos e também com a força de vontade de cada criança na hora de abater os pinos, mostraram por toda força possível de uma vez só, para derrubar cada pino com o martelo. (Detalhe importante: foi pedido pelas crianças que eu participasse também contando junto com elas em voz alta por cada pino derrubado; isso mostra que minha participação na brincadeira é importante para as crianças, deixando assim a brincadeira mais interessante. O curioso foi que não contava com essa reação das crianças).

Referências:

VIGOTSKY, L.S. Imaginación y el arte em la infância. México: Hispânicas, 1987.

 

 

2 comentários:

  1. Unknown disse...:

    Adoreeeeeiii! deve ter sido uma graça. É muito bom quando a gente põe em prática uma teoria que estudamos em sala de aula!

  1. dailde disse...:

    adorei,era tudo o que eu tava querendo!

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