- · Pontos principais observados no sexto dia:
Atividade com Obstáculos e Observação Individual
Durante o sexto dia de observação foi realizado com a turma C, algumas atividades elaboradas pelos estagiários brinquedistas do Campus Nova América.
Antes da chegada das vinte crianças foi organizada cuidadosamente e estrategicamente a atividade; utilizando o espaço do centro da Brinquedoteca para a atividade de obstáculos.
Enfileiramos uma dupla de três bambolês unidos por fita durex e colocamos intercalados com outros bambolês no chão.
A brincadeira consistia em: separar o grupo de meninas para a direita da sala e o grupo de meninos na esquerda, depois disso, o segundo passo foi à explicação das regras da brincadeira; a função de cada criança seria pular e passar por baixo dos obstáculos juntamente com a companhia de um sapinho de brinquedo muito pequeno que não sabia pular; ou seja, uma das meninas enfrentaria os obstáculos para ajudar o sapinho passar para o outro lado, com isso, entregaria o sapinho para seu amiguinho que voltaria para atividade dos obstáculos para que todas as crianças pudessem ajudar o sapinho.
As crianças que já estivesse participado da brincadeira, podiam automaticamente escolher o cantinho da brinquedoteca que mais gostam de brincar.
· Observação Individual
A surpresa do dia foi que uma criança em especial chamada Cauã, já observada desde o primeiro dia, tinha características de isolamento, timidez, dificuldade de comunicação e não falava com ninguém, mas hoje se destacou na brincadeira de obstáculos e se saiu muito bem. Sendo mostrado por Cauã, muita atitude, superação e força de vontade com sua participação na brincadeira. Logo após a atividade foi notado que Cauã estava mais a vontade durante as brincadeiras, com os brinquedos, com os estagiários e na Brinquedoteca.
Apenas uma menina chamada Maria Isabel não quis brincar, pois estava com muita vergonha, talvez tenha sido pelo motivo que: foi à última menina participante da brincadeira ou apenas timidez ou até mesmo outro motivo que fica difícil de interpretar ou descrever, pois se torna algo muito fechado e particular, o que realmente importa é o respeito que nós brinquedista tivemos em relação a sua vontade de brinca ou não. Existirão outras oportunidades de conseguir observa-la melhor e atrai-la com brincadeiras coletivas e individuais elaboradas no espaço da Brinquedoteca.
Uma menina chamada Maria Clara despertou-me curiosidade, pois tivemos um diálogo onde me passou muita insegurança, desconfiança além de muita esperteza, mas exibe muita seriedade com tudo e com todos; gosta às vezes de se isolar para brincar, normalmente no cantinho da leitura escolhendo um livro.
Maria Clara chegou e pediu uma fantasia de princesa.
Mostrei uma que encontrei e perguntei se desejava se vestir.
Diálogo:
- Maria Clara: “Essa fantasia é da princesa da Disney de verdade”?
-Eu: “Sim, claro”.
-Maria Clara: E qual princesa é dessa fantasia?
-Eu: “Cinderela”.
-Maria Clara: “Tem certeza que é da Cinderela mesmo”?
-Eu; “Claro toda certeza”. (fiquei com nervoso da pressão que ela fez e de sua atitude inesperada).
-Maria Clara: “Então esta bom, deixa eu ver se cabe em mim.”
Espero que tenha conseguido fazer com que Maria Clara acreditasse que realmente fosse à fantasia da Cinderela, mesmo que não fosse a tal fantasia, o bom do brincar é fantasiar e criar a partir da imaginação acreditando que o que você imagina é real, pelo menos na brincadeira, desta forma proporcionando um momento de lazer e diversão.
Gostaria de destacar também que minhas observações não estão voltadas somente para as crianças e sim ao todo, e não é de hoje que reparei que o meu amigo e estagiário Alexsandro está se saindo muito bem com as crianças; o curioso que a maioria das crianças que o rodeiam, são meninos; sendo assim, hoje aconteceu algo muito engraçado e acabou virando uma brincadeira acidental bastante divertida das crianças com o estagiário.
Alexsandro acidentalmente tropeçou em algum brinquedo e caiu sentado no chão, só que tinham dois meninos brincando com o estagiário, só que esses meninos estavam fantasiados com capa de super-heróis (ficou claro durante a observação; as crianças acharam que por serem super-heróis, tinham poderes cósmicos e fenomenais e que também conseguiram derrubar o estagiário por causa disso de um de seus poderes), mas cinco meninos se uniram para levanta-lo do chão depois do grande tombo que havia levado. Depois disso as crianças queriam derrubá-lo novamente e começaram a subir em suas costas.
Fiquei com pena do Alexsandro, mas ao mesmo tempo foi uma situação muito engraçada e divertida para quem assistia a bagunça virando brincadeira para as crianças.
Com toda certeza, Alexsandro ficou desesperado, mas conseguiu reverter e distrair as crianças com outras brincadeiras diferentes.
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