- Pontos principais observados no sétimo dia:
Atividade de pular obstáculos com um chapéu na cabeça,
varal de fantasias e adereços e
Observação Individual de cada Criança
Mesmo em véspera de feriado foi realizada atividades na Brinquedoteca. Todas as brinquedistas estagiárias responsáveis pelo dia sabiam que a cruzada funcionaria normalmente; algumas não apareceram, sem deixar justificativa, ou seja, de qualquer forma teria expedientes e atividades na Brinquedoteca.
Todo processo ocorreu um pouco diferente do normal, mas em grande estilo enfrentamos a situação com superação a mais uma barreira.
Fui a primeira a chegar por volta de oito e quarenta da manhã, aproveitei e arrumei um pouco o espaço, verifiquei se existiam objetos perigosos no chão. Foi encontrado: duas tachinhas que provavelmente caíram do mural de desenhos e alguns brinquedos muito pequenos; os separei em uma caixa colocando-os longe do alcance de crianças.
O segundo passo foi organizar uma brincadeira fácil e divertida.
Peguei onze bambolês e espalhei-os no chão. Elaborei uma brincadeira estratégica com a divisão de dois grupos de crianças.
Com a chegada das crianças apenas as nove e meia, foi feita a junção de turmas A e B, pois em plena véspera de feriado algumas crianças faltaram e ficaram com suas famílias.
Com vinte crianças e apenas duas estagiárias, (Suzana e eu) conseguimos controlar a situação com a elaboração de atividades; aos poucos com a chegada de mais duas estagiárias conseguimos dividir melhor as atividades depois da brincadeira de obstáculos com o chapéu.
O objetivo da brincadeira consistia em: primeiramente pegar o chapéu e por na cabeça pulando os obstáculos formados por círculos distribuídos em sequência no chão; após a conclusão da brincadeira, colocar o chapéu em outra criança que não estivesse participado, e esta voltaria à brincadeira.
Essa brincadeira foi conduzida apenas pela estagiária Suzana e por mim, desta forma, orientamos e mediamos à atividade, proporcionando animação e instigação com base na vontade de participar de cada criança.
As crianças responderam bem a atividade elaborada; a partir da conversação:
Estagiárias: “Quem ainda não foi?”.
Coral de crianças: “Eu!”.
Depois da atividade em grupo proposta pelas Brinquedistas do Campus Nova América, procuramos deixar as crianças livres e a vontades para escolher o brinquedo e a brincadeira que iriam escolher. Com base nas brincadeiras escolhidas pelas crianças na Brinquedoteca, ocorreu um destaque no varal de fantasias, a partir disso deram asas à imaginação e muita diversão foi proporcionada pelo ato de brincar fantasiados.
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Observação Individual:
Um breve resumo sobre o sétimo dia, com base na observação individual de situações e imprevistos variados ocorridos durante a experiência de estágio, onde foram realizadas ótimas atividades na Brinquedoteca; foi observado e apontado como revelações do dia, com as meninas: Taís, Isabelle e Emily e o menino Artur de seis anos que foi uma surpresa muito bem acolhida na brinquedoteca, como os demais.
Todas estas crianças destacaram e despertaram um grande interesse pelo cantinho das fantasias, máscara e adereços.
É importante observar que as crianças já se sentem acolhidas e a vontade com a nossa presença na Brinquedoteca, o que facilita nosso contato, observação, aproximação e mediação com os mesmos. As crianças ultimamente conversam mais e simpatizam com determinadas brinquedistas e isso aconteceu comigo.
Taís, uma pequena criança: muito amorosa, linda, simpática, participativa, falante, alegre, carinhosa e muito esperta entre outras qualidades; brincou bastante comigo a maior parte do tempo, agarrando minhas pernas e me abraçando várias vezes. Taís me agarrou e deu-me um beijo no rosto dizendo que gostava muito de mim.
Antes do extrapolar do tempo às crianças devem arrumar a Brinquedoteca com a mediação e orientação dos Brinquedistas presentes. Depois na hora da despedida ganhei beijos e abraços de Isabelle e Emily onde reparei o ciúme de Taís; mas para evitar brigas desnecessárias disse em voz alta que o meu coração era grande e cabiam todas elas. Então tudo ocorreu melhor do que o esperado e as crianças da cruzada se foram, mas Artur ficou conosco até sua mãe chegar.
Com a experiência realizada durante a participação na Brinquedoteca, foram observados e detalhados alguns diálogos com Taís e outras crianças em situações muito interessantes, que valem a pena serem relatadas.
Tudo começa quando Taís resolve me pedir uma fantasia de Branca de Neve.
Diálogo entre Taís e eu.
Taís: “Tia pega uma roupa de Branca de Neve?”.
Eu: “Claro, hoje a Taís vai ser a Princesa”.
Depois de pronta Taís foi ao espelho e disse:
Taís: ”Eu sou brasileira! Princesa brasileira!”.
Achei aquilo tudo muito engraçado e fui vestindo as outras meninas. Emily de fadinha com uma peruca loira na cabeça e com um arco com duas molas, cada um com um coração na ponta. Mas infelizmente Isabelle ficou sem fantasia por ser uma criança muito miudinha. Isso não abalou a brincadeira, pois criou sua própria fantasia, segundo Isabelle virou uma mágica. Isabelle pediu para colocar uma capa brilhosa em suas costas e pegou um caninho preto para brincar de ser mágica.
Diálogo entre Isabelle e eu.
Isabelle: “Tia, eu sei por que não tem fantasia pra mim, é que eu sou muito pequenininha. Minha mãe disse que é difícil achar roupa para mim, mas ela disse que ia me dar uma roupa de Barbie!” (Toda feliz me contando que iria ganhar uma roupa de Barbie).
Eu: “Puxa vida, que legal! Você vai ficar linda com uma fantasia da Barbie. Você sabe qual fantasia da Barbie você vai querer? Deve ter um monte! Não é?”.
Isabelle: “Eu vou querer a fada rosa!”.
Depois disso Taís avistou uma nova criança na brinquedoteca, o que despertou interesse e curiosidade. Um menino chamado Artur de seis anos de idade que já estava inscrito na Brinquedoteca. Sua mãe trabalha na biblioteca do campus e com certeza teve uma modificação em seu horário no serviço, ou seja, Artur ficou na Brinquedoteca.
A partir dessa novidade tanto para nós Brinquedista quanto para as crianças, mesmo com a diferença de idade, foi realizada a mediação entre as brincadeiras e a inclusão de Artur na Brinquedoteca com as crianças menores.
Diálogo entre Taís e eu.
O detalhe engraçado e curioso antes do diálogo foi que Taís se apegou tanto a mim, que ficava boa parte do tempo comigo de mãos dadas, escorregando e deslizando entre minhas pernas e falando sobre o menino Artur.
Taís: “Tia, ele é seu filho?”.
Eu: “Não, ele não é meu filho.”.
Aproveitei o interesse dela e comentei:
Eu: “Por que você me perguntou isso”? “Você o achou bonito”? “Não é”?
Taís deu muitas risadas, ainda de mãos dadas comigo, escorregou e deslizou cheia de vergonha entre as minhas pernas. (Foi muito interessante à atenção dela voltada para o menino novo na Brinquedoteca).
Diálogo entre Taís e eu.
Taís: “Tia eu sou uma princesa e eu quero um príncipe. Você pode me arrumar um príncipe”?
Eu: “Então você quer que ele seja o seu príncipe, não é? Vou trazê-lo para brincar com a gente”.
Percebi na hora que tinha que fazer de tudo para aproximar as crianças do Artur, pois ele estava começando a se isolar. O trouxe para brincar junto com as crianças, desta forma o incluindo ao grupo e a brincadeira que íamos inventar a partir do primeiro passo das crianças.
O chamei, perguntei o nome, respondeu que se chamava Artur.
Sem percebermos acabamos virando as mocinhas indefesas gritando com medo do lobo mal que estava sendo interpretado por Artur, que usava uma máscara. A brincadeira acabou virando um teatrinho sem roteiro, onde as meninas indefesas gritavam e corriam com medo do lobo mal e se escondiam ao meu redor; tudo acabou sendo bastante divertido.
Como o tempo voa, chegou à hora de arrumar e colocar tudo em seus devidos lugares. Artur ajudou a arrumar brincando, com a ideia de guardar todo dinheiro em uma maleta de plástico separando assim, tudo que encontrava espalhado no chão. Com isso brincamos de fingir que a maleta representava o banco da Brinquedoteca e tudo que não fosse dinheiro, Artur com a ajuda de todas as crianças que estavam brincando por ali separavam jogando os outros brinquedos pequenos em um baú grande.
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